Teatro na igreja depende de unção ou técnica?

Primeiramente vamos ao significado da palavra “unção” - ato ou efeito de ungir, de aplicar óleo consagrado numa pessoa. Seu sentido figurado seria - doçura no modo de ser e na expressão, que emociona.
E quanto ao significado da palavra “técnica”? É o conjunto de procedimentos ligados a uma arte ou ciência; maneira de tratar detalhes técnicos (como faz um escritor) ou de usar os movimentos do corpo (como faz um dançarino); destreza, habilidade especial para tratar esses detalhes ou usar esses movimentos.

Acho que a palavra “unção” está um pouco fora do contexto aqui. Aplicar óleo em alguém, não necessariamente capacita para fazer teatro. Creio que seria mais apropriado “consagrados” que significa o ato, processo ou efeito de consagrar(-se);   ação de dedicar(-se) a Deus e a seu serviço; dedicação, sagração – no sentido figurado soaria como validação, legitimação, reconhecimento.
Quer realmente saber, em minha opinião, se teatro depende de “unção”?
Minha resposta é não.
Ele depende de técnica. Pois a consagração, já está em nós, uma vez que, o teatro ministerial é a forma como dedicamos-nos a Deus e a Sua Obra. Ora, quem será que nos move assim, senão o próprio Deus? O homem carnal não está hábil a desempenhar empreitadas celestiais. Então, creio que se algo nos move a usar o teatro como ferramenta de evangelismo, esse “algo” é o próprio Deus. E se ele já opera em nós um desejo de servi-lo e fazer a Sua vontade e obra, estão já existe “uma consagração”. Pois então, agora só falta mesmo, a técnica.
Quando afirmei acima que o teatro depende de técnica, é porque creio que alguém que serve a Deus através do teatro, já está ungido e consagrado. Como escrevi, quem nos move para tal obra é Deus.
Falaremos agora da técnica.
Acho que quem pensa “Porque não posso fazer teatro? Eu sou de Deus!”, e não crê na importância da técnica, já está pecando sem ter a mínima ciência e merece de presente o seguinte versículo: “maldito o que faz a obra de Deus relaxadamente” - Parabéns! Você gosta de empurrar com a barriga, de fazer de qualquer maneira, de oferecer a pior oferta. Você é único mesmo!
Será que o Espírito de Deus é capaz de substituir a técnica? Sem conhecimento técnico, seria euzinha capaz de ser uma médica? Você iria se consultar comigo? E uma engenheira? Você me deixaria construir sua casa? Poderia ser sua advogada, talvez... Você confiaria na minha defesa? E cantora? Consegue me imaginar cantando bem alto e desafinado coladinho no teu ouvido?
Quantos enfermos poderiam morrer em minhas mãos?
Quantas casas se tornariam em ruínas?
E quantos inocentes iriam ser declarados culpados?
E quantos Cds encalhados! Cruzes!?!
E lá vai mais uma!
Li uma vez que para se fazer teatro são necessárias 3 coisas.  O ator, o texto e o público.
E para se fazer uma pregação? O pregador, o texto (a palavra de Deus) e o público.
Qual seria então a diferença da encenação para a pregação?
Tchan... Tchan... Tchan... Tchan...
A técnica cênica, ora bolas. Se não quer aprender a encenar, pregue.
Está de hora de amadurecer e parar de manchar a imagem de quem já está “consagrado” e deseja fazer teatro com qualidade técnica.
Não se escandalize lendo esse artigo!
Em Cristo, crendo que o melhor ainda está por vir, me despeço aqui.

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Um abraço e até a próxima!

Luiza Regina Reis
luizareginareis@bol.com.br
ABC do Teatro Ministerial

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