Improviso: Ah, no dia eu faço!
O ensaio é essencial ao teatro e nele que o grupo irá descobrir e desenvolver seu processo criativo.
O processo criativo se trata de um caminho que o grupo percorre para a criação. Nesse caminho às vezes será necessário desaprender. Esperar o inesperado, redescobrir, reencontrar. Ter um novo olhar para ver outros ângulos, novas possibilidades, novos horizontes, se reorganizar e focar para finalmente chegar à forma.
O ensaio é umas das partes do processo criativo.
Ah no dia eu faço!
Não substime o poder do ensaio. Será no ensaio que o grupo irá aplicar a teoria. No ensaio tudo precisa ser testado, se há efeitos visuais na peça, eles precisam ser testados até que se consiga atingir o objetivo. Se na cena há um timing entre atores, efeitos sonoros, visuais, cenários e o tempo deste evento na peça, isso também precisa ser testado. Entrada e saída de atores, porque sabemos que a igreja não é um teatro e sim um espaço adaptado.
Na maioria das igrejas, não há cortinas. Igreja dificilmente possuirá coxia. Camarim nem pensar. Há até uma boa iluminação.mas holofotes, canhões de luz, isso não tem.
Então partindo do princípio que tudo é adaptado para a apresentação, será no ensaio que você diretor você vai marcar os atores, verificar a entonação de voz, tudo que o ator fizer no ensaio, ele deve fazer exatamente a mesma coisa na apresentação. Não existe essa conversa de que a “no dia eu faço!” Isso não existe! Isso não funciona! Vai dar errado!
Certa vez eu ensaiava um grupo e um ator estava com dificuldades em fazer uma cena onde ele agredia verbalmente a outra atriz. Eu ensinava e cobrava a maneira como eu queria que ele fizesse, mas ele não fazia, até que num ensaio me disse: “No dia da apresentação eu vou fazer do jeito que você quer.” Bem, eu disse pra ele que ele iria fazer do jeito certo nos ensaios, porque se ele se acostumasse a fazer daquela maneira e a atriz se acostumasse também, qualquer alteração no dia da apresentação – ainda que no tom da voz – iria prejudicar a todos.
Como não?
Imagina a atriz acostumada com a maneira como a cena estava sendo realizada, daí ele na apresentação faz de outro jeito diferente, e muitas vezes com a autorização do diretor, ele cria uma situação péssima para todo o elenco em cena, porque os demais atores vão ficar confusos por terem ensaiado de uma maneira e na hora da apresentação o ator fazer de outra. É nessa hora que os atores esquecem a fala, ficam nervosos, ficam com medo, porque eles não entendem o que aconteceu, o outro ator fez de outra maneira diferente, desconcentrando todos em cena que ensaiaram de outro maneira e já estavam acostumadas a isso.
Por isso o ensaio é importante. Para que tudo possa ser feito nele, tudo possa ser calculado, tudo possa ser ensaiado, tudo possa ser testado e todos elenco, produção e direção saibam exatamente tudo o que deve ser feito. Cada um o seu papel.
O que você tem a falar sobre isso?
Leu? Curtiu? Comente e compartilhe!
Um abraço e até a próxima!
Luiza Regina Reis
luizareginareis@bol.com.br
ABC do Teatro Ministerial
O processo criativo se trata de um caminho que o grupo percorre para a criação. Nesse caminho às vezes será necessário desaprender. Esperar o inesperado, redescobrir, reencontrar. Ter um novo olhar para ver outros ângulos, novas possibilidades, novos horizontes, se reorganizar e focar para finalmente chegar à forma.
O ensaio é umas das partes do processo criativo.
Ah no dia eu faço!
Não substime o poder do ensaio. Será no ensaio que o grupo irá aplicar a teoria. No ensaio tudo precisa ser testado, se há efeitos visuais na peça, eles precisam ser testados até que se consiga atingir o objetivo. Se na cena há um timing entre atores, efeitos sonoros, visuais, cenários e o tempo deste evento na peça, isso também precisa ser testado. Entrada e saída de atores, porque sabemos que a igreja não é um teatro e sim um espaço adaptado.
Na maioria das igrejas, não há cortinas. Igreja dificilmente possuirá coxia. Camarim nem pensar. Há até uma boa iluminação.mas holofotes, canhões de luz, isso não tem.
Então partindo do princípio que tudo é adaptado para a apresentação, será no ensaio que você diretor você vai marcar os atores, verificar a entonação de voz, tudo que o ator fizer no ensaio, ele deve fazer exatamente a mesma coisa na apresentação. Não existe essa conversa de que a “no dia eu faço!” Isso não existe! Isso não funciona! Vai dar errado!
Certa vez eu ensaiava um grupo e um ator estava com dificuldades em fazer uma cena onde ele agredia verbalmente a outra atriz. Eu ensinava e cobrava a maneira como eu queria que ele fizesse, mas ele não fazia, até que num ensaio me disse: “No dia da apresentação eu vou fazer do jeito que você quer.” Bem, eu disse pra ele que ele iria fazer do jeito certo nos ensaios, porque se ele se acostumasse a fazer daquela maneira e a atriz se acostumasse também, qualquer alteração no dia da apresentação – ainda que no tom da voz – iria prejudicar a todos.
Como não?
Imagina a atriz acostumada com a maneira como a cena estava sendo realizada, daí ele na apresentação faz de outro jeito diferente, e muitas vezes com a autorização do diretor, ele cria uma situação péssima para todo o elenco em cena, porque os demais atores vão ficar confusos por terem ensaiado de uma maneira e na hora da apresentação o ator fazer de outra. É nessa hora que os atores esquecem a fala, ficam nervosos, ficam com medo, porque eles não entendem o que aconteceu, o outro ator fez de outra maneira diferente, desconcentrando todos em cena que ensaiaram de outro maneira e já estavam acostumadas a isso.
Por isso o ensaio é importante. Para que tudo possa ser feito nele, tudo possa ser calculado, tudo possa ser ensaiado, tudo possa ser testado e todos elenco, produção e direção saibam exatamente tudo o que deve ser feito. Cada um o seu papel.
O que você tem a falar sobre isso?
Leu? Curtiu? Comente e compartilhe!
Um abraço e até a próxima!
Luiza Regina Reis
luizareginareis@bol.com.br
ABC do Teatro Ministerial